GERAL
24/02/2025 14H46

Pesquisa semanal com
economistas mostrou ainda manutenção na expectativa para taxa básica de juros
neste ano e no próximo
Analistas consultados
pelo Banco Central (BC) passaram a ver uma inflação mais alta ao fim deste ano
e do próximo, mantendo suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) e para
a taxa Selic em ambos os períodos, de acordo com a pesquisa Focus divulgada
nesta segunda-feira (24).
O levantamento, que
capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a
expectativa para o IPCA é de alta de 5,65% ao fim deste ano, de 5,60% na
pesquisa anterior, no que foi a 19ª semana consecutiva de aumento na previsão.
Para 2026, a projeção
para a inflação brasileira é de 4,40%, de 4,35% anteriormente.
O centro da meta
perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto
percentual para cima ou para baixo.
A pesquisa semanal
com uma centena de economistas mostrou ainda a manutenção na expectativa para a
taxa básica de juros neste ano e no próximo. A mediana das expectativas para a
Selic em 2025 é de 15,00%, enquanto para 2026, a projeção é de que a taxa atinja
12,50%.
Sobre o PIB
brasileiro, a previsão é de que a economia do país cresça 2,01% neste ano,
mesma projeção da semana anterior. Em 2026, a expectativa é de que a expansão
seja de 1,70%, mesmo número do levantamento da semana passada.

O resultado vem na
esteira da divulgação de dados do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) pelo
BC na semana passada, que mostrou que a atividade econômica brasileira encerrou
2024 com crescimento de 3,8% mesmo depois de contrair mais do que o esperado em
dezembro, mostrando que perdeu força no quarto trimestre.
Os investidores
também têm prestado atenção a comentários de membros do governo sobre possíveis
medidas para a inflação elevada dos alimentos, que o Executivo vê como
fundamentais para controlar a trajetória dos preços.
No Focus desta
segunda, houve ainda redução ligeira na expectativa para o preço do dólar em
2025 para R$5,99, de R$6,00 na semana passada, e manutenção da projeção para
2026, novamente a R$6,00.
A divisa
norte-americana acumula queda ante o real de 7,26% neste ano, em movimento
puxado por um processo de correção de preço, após sua disparada no fim do ano
passado, e maior alívio em relação aos planos tarifários do presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump.