O Banco Central (BC) elevou a Selic, a taxa básica de juros do país, em 1 ponto, ficando a 13,25% ao ano, na primeira decisão da autarquia do ano, com o mais novo presidente do BC, Gabriel Galípolo.
 
Com a alta desta quarta-feira (29), algumas categorias de investimento em renda fixa ganham maior rentabilidade.
 
Veja a seguir quanto rende aplicar R$ 1.000 com o novo patamar da Selic:


 
O levantamento foi realizado a pedido da CNN por Michael Viriato, da Casa do Investidor. Seus cálculos apontam que o maior rendimento ficaria com os certificado de depósito bancário (CDBs) de bancos médios, com rendimento chegando até 110%.
Nesse caso, a aplicação valorizaria a R$ 1.054,52 em seis meses, e chegaria a R$ 1.336,02 em 30.
 
Na ponta oposta, o investimento em poupança é o que fica menos competitivo com os juros mais altos. Em 6 meses o investimento chegaria em R$ 1.038,60, e em 30 ficaria em R$ 1.208,51.
 
As contas já consideram os rendimentos líquidos, ou seja, descontados do imposto de renda que incide sobre os ganhos. Apenas a poupança é livre de impostos.
 
A simulação considera taxa de administração de 0,50% para os fundos DI e de 0,2% para Tesouro Selic, embora a cobrança varie entre fundos e corretoras.
 
Alta da Selic


Desde que o Comitê de Política Monetária (Copom) retomou o ciclo de alta da Selic em setembro, este é o quarto aumento seguido praticado pelos diretores do BC.



A decisão do colegiado já era esperada pelo mercado. Em sua última decisão, em dezembro de 2024, o Copom adiantou que voltaria a elevar a Selic em um ponto percentual em janeiro, em meio a depreciação do câmbio e a deterioração das expectativas da inflação.


Outra alta para março também está precificada, com juros encerrando o primeiro trimestre em 14,25%.
 
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 4,83% no ano passado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número estoura a meta estabelecida em 3%, com tolerância máxima de 1,5% para mais ou para menos. Ou seja, o teto seria uma inflação em 4,5%.
 
Com isso, Gabriel Galípolo enviou uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando o estouro do teto da meta da inflação em 2024.